Saindo de Calyphais eu viajo pensativo não só pelo fato de dois amigos quase terem morrido, mas também pelo fato de eu ter sido dominado por aquele verme insolente.
Tenho que arrumar uma maneira de me livrar de sua bruxaria, caso contrário irei apenas atrapalhar meus amigos e aliados.
Busco ler e me informar do ocorrido acabo descobrindo em um dos livros que li durante a viagem que é possível Proteger a Mente.
Descubro um pouco sobre vampiros, Calyphais e a Floresta de Doll Bereth.
Arranco as páginas e guardo-as comigo.
Pelo que li sobre Calyphais, tenho em minha mente algo que possa ter ocorrido, acredito que Os Rouchefor foram ameaçados ou até mesmo perderam algo de extrema importância para proteger a sua família e seu povo. Isso os obrigou a lutar contra Os Sissa e vender suas almas corrompendo seu coração. Devido à tristeza, o rancor e a tentativa de evitar destruir ainda mais as pessoas ao seu redor eles acabaram se isolando. Porém até hoje pessoas pagam com a morte para eles sobreviverem já que infelizmente se tornaram vampiros.
Na pesquisa sobre Doll Bereth encontrei:
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Estou aqui sentado nessa Taverna olhando e admirando esses seres que ao entrar em minha vida sem objetivo algum foram formando e entrelaçando laços que hoje acredito que se chama amizade. Não andamos juntos para proteger e cuidar um do outro e sim pelo simples fato de sermos parte importante na vida de cada membro da Cia do dragão. Quem diria que um anão sentiria tanta necessidade de andar com seres de outras raças, inclusive elfos, que no início pareciam ser repugnantes e delicados, mas nos campos de batalha vi o quão fortes são.
Eu não os vejo amigos ou aliados eu os vejo irmãos, não irmãos forjados pelas mãos de Moradim como todos os anões, mas forjados pelo sofrimento, pela tristeza, pela determinação, pela força de vontade. Temos a obrigação moral de defender sem pensar as pessoas mais frágeis que nós, não pensamos duas vezes em puxar as armas para proteger uns aos outros.
Reflito nas cervejas tomadas, nos risos, nas brigas, nas piadas sem nexos, nossos erros nossas vitorias, e acabo ficando pensativo se realmente sou digno de estar em presenças tão adoráveis. Cada luta, cada dificuldade nos torna mais forte. O fato de quase perder dois amigos me deixa muito pensativo “o quanto vale a vida deles para mim?”, “o quanto eu os valorizo?”, eu não posso obrigá-los a irem comigo, mas posso me esforçar ao máximo para que não ocorra novamente o que aconteceu em Calyphais. Eu mesmo poderia tê-los matado, Bartolomeu irá pagar por isso, irei arrancar suas presas e por no meu colar, preciso de mais informações antes de querer levar meus amigos rumo à morte!
***
Finalmente após longos dias de viagem e estudos chegamos, infelizmente o arquimago não está em Mahakan. Após eu saber disso passei o dia com Teron, fomos a procura de ferreiros para observar o método como cada um deles molda suas armaduras. Eu busco explicar da melhorar maneira possível para meu amigo e aliado como são feitas as armaduras e descrevo os sulcos que a armadura tem, os seus relevos, falo com a mesma empolgação que meu pai me ensinava.
A emoção bate no coração lembrando daqueles dias, o brilho no meu olhar aparece, disfarçadamente eu limpo minhas lagrimas sem o Teron descobrir e volto a lhe ensinar e descrever quais processos de fabricação o metal passou, descrevo métodos de resfriamento e outros métodos de forja, ele balança com a cabeça e ri com o ar de quem esta impressionado.
Durante o almoço nós contamos um pouco sobre nosso passado, ele revela a mim um pouco sobre sua infância e eu falo de Vikistra e logo após de Adbar, uma vila de um continente distante, onde era muito difícil de se chegar. Conversamos por horas. No final da tarde fomos expulsos porque eu contava a história empolgado e sem perceber subi na mesa com meu martelo em punhos. Após sermos expulsos nós vamos até a estalagem, no caminho rimos da cara do taberneiro e o medo que ele expressava ao me ver em cima da mesa.
Indo para a estalagem acabei notando, devido ao me instinto de proteção, ao que parecia alguém nos observando disfarçadamente, não quis preocupar o Teron, pois o mesmo estava meio alterado devido o pouco que bebemos apenas 20 litros. O que vi era um ser humanoide desengonçado se equilibrando tentando permanecer em pé, acredito que é amador, pois deixou com que eu percebesse que estava me observando. Sua capa balançava ao vento e então ele pula para o próximo telhado e desaparece. Sigo para a estalagem e fico atento desde então.
No outro dia busco ir conversar com Trogglinn, conto como foi a batalha contra o vampiro e pergunto-lhe como poderia bloquear sua magia, pois sou um guerreiro não tenho conhecimento arcano. Ele viu minha coragem e força de vontade em querer ajudar meus amigos e me deu informações sobre técnicas que um dos seus desentendes havia desenvolvido era chamada de:
MESTRE DE ESCUDO
Você não usa escudos apenas para proteção, mas também de forma ofensiva. Você ganha os seguintes benefícios enquanto estiver empunhando um escudo:
- Se você realizar a ação de Ataque no seu turno, você pode usar uma ação bônus para tentar empurrar uma criatura, a até 1,5 metro de você, com seu escudo.
- Se você não estiver incapacitado, você pode adicionar seu bônus de CA do escudo a qualquer teste de resistência de Destreza que você fizer contra uma magia ou outro efeito nocivo que tenha você como alvo.
- Se você for alvo de um efeito que permita realizar um teste de resistência de Destreza para sofrer apenas metade do dano, você pode usar sua reação para não sofrer dano se passar no teste de resistência, interpondo seu escudo entre você e a fonte do efeito.
Ele acabou me demonstrando que um escudo não precisa ser apenas algo para nos proteger, e sim uma boa arma se bem usada. Podemos bater para empurrar e a magia pode ser cortada se você usar no momento exato. É uma técnica difícil de ser apreendida, mas não impossível de ser executada.
Após isso eu o pedi umas dicas para ir treinando, para tentar desenvolver essa técnica já que ainda ficarei uns dias e gostaria de executá-la o mais breve possível.
Enquanto vou treinando aproveito para preparar minhas armas, tenho o desejo, se não for danificar, de banhar em prata a espada que Iatar fez para mim. Gostaria também de pegar minha picareta com alguém que tenha assumido o lugar do arcmago enquanto ele esta fora.
Tenho a ideia de pegar uma estaca benzida pelos deuses, agua benta e outra agua com alho. E antes de voltarmos arrumo umas tranças de alho para colocar no meu pescoço e esfregar no meu corpo antes da batalha contra Bartolomeu. Peço ao Mestre Khalid, clérigo que removeu a maldição, se é possível ele nos acompanhar para nos abençoar para a batalha, para que não tenhamos nossas mentes possuídas pelo mal, ou se é possível fazer um pergaminho para nossa proteção.
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