Foi uma luta difícil, e mais uma vez perdemos, por sorte, ainda mantivemos nossas vidas, se é que merecíamos tal dadiva. Fomos fracos e duvidamos das lendas, e se o mal continua a dominar aquela cidade, o que será do continente? A tristeza era nítida em sua face, mas naquele momento não se podia fazer nada além de voltar para Creydem e buscar algum sinal de esperança, para evitar todos os fracassos que foram nítidos por experiência própria. A princípio os livros seriam seu guia, e todas as informações encontradas serão importantes para escrever uma nova era na cidade de Calyphais.
Então se deu início a um longo período de estudos junto a Teron nas bibliotecas, no intuito de conhecer melhor seu inimigo e seus pontos fracos. Nos livros se deu a confirmação que vampiros são criaturas muito poderosas, do qual tivemos o desprazer de conhecer, “ah quem dera ter lido tal informação antes”, pensava Arthanis enquanto buscava novas informações. Descobriu também que eles são seres solitários que se escondem entre os vivos para atingir seus próprios objetivos. A morada de um vampiro, são geralmente envoltas de neblina e que existe grande concentração de lobos, morcegos e ratos, e foi aí que finalmente tivemos certeza que Bartolomeu se tratava realmente de um vampiro. Além disso, ser sua vítima significava se tornar uma de suas criaturas, com sede insaciável por sangue, e isso seria a última coisa que gostaríamos que acontecesse em um novo combate. Dentre suas fraquezas encontrou: Os vampiros abominam a luz solar; São paralisados com uma estaca de madeira no coração; São afastados e feridos por alho e símbolos sagrados. Como poderes: Se transformam em morcegos; Conseguem ficar sem respirar por mais de 1h; Seduz qualquer criatura; São seres imortais e armas comuns parecem não ter tanto efeito sobre eles. “Mas afinal de contas, o que mata um vampiro?”, pensava em meio aos livros. E foi então que lembrou da afirmação de Bartolomeu “Só um sangue Sissa pode me matar”, e veio um pensamento em sua cabeça, será que existiam outros vampiros na região e houve um conflito entre eles? Será que um vampiro teria poder de conceder magia a uma família/cidade, só para derrotar outro vampiro? E esses questionamentos levou as pesquisas para outro rumo, que não ligaram os Sissas com Bartolomeu, mas se afirmou que vampiros são capaz de conceder poderes temporários a outras criaturas e que alguns tipos de sangue podem ser usados como veneno, podendo ser até mesmo mortais.
E esses foram os resultados de suas pesquisas nas bibliotecas de Creydem e Mahakan. Mas não basta apenas conhecimento, é preciso correr atrás de tudo que poderia lhes ajudar. Antes de sair de Creydem, Arthanis pediu emprestado 20 po para Thorin, para deixar produzindo uma aljava com pontas de prata, pois mesmo arrecadando recursos da natureza para vender na cidade, não foi suficiente para se manter neste período de treinamento e melhorar seu equipamento para a batalha decisiva. Já em Mahakan Arthanis buscou pelos serviços oferecidos para aventureiros, querendo aprender como armar/desarmar as armadinhas encontradas ao longo do caminho, mas infelizmente o custo era alto, e voltou seu foco para o treinamento de sua pontaria, qual Teron a ajudou com suas mãos mágicas, mas entre uma conversa e outra, algo mudou. A lembrança de seu povo que não existia mais, a lembrança de quem lhes fez mal, e ainda não tiveram seu fim, tudo isso foi um grande incentivo, a qual Arthanis deu seu máximo entre uma flechada e outra, entre uma esquivava e outra, cada vez mais ágil em seus movimentos, o que aumenta suas chances com o inimigo, pois se não conseguirem lhe atingir, ela irá ganhar mais tempo para matar o inimigo, e um dia, eles vão temer suas habilidades, e neste dia, vão precisar estudar muitos outros meios para lhe alcançar. Em Mahakan Arthanis cuidou de se proteger com o símbolo sagrado de Selune, a qual será usado como colar na altura de seu coração, e ele irá sempre lhe guiar, quando voltava do templo para o estabulo, ela avista nos telhados das casas, uma figura humanoide meio desengonçada, tentando permanecer de pé, com uma capa balançando ao vento, quando ele pula para outro telhado próximo e desaparece, ela continua indo descansar, afinal precisava estar disposta para continuar seu treinamento, e pequenas coisas não podia lhe desviar atenção.
Este era o pensamento de Arthanis durante todo o resto do treinamento, e tudo que não fizeram para a última batalha, ela iria buscar fazer para derrotar seu inimigo. Não se sabe a relação de Calyphais com os Sissas, mas sabemos que só temos uma chance, e devemos tomar todas as precauções necessárias para alcançar a vitória, pois outra chance não será dada.
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