domingo, 28 de maio de 2023

Fisto e Melinyes - Downtime nível 16

 


Anotações de Treinamento

Melinyes Ilphelkiir

Fisto Elenlindäle

Ele me carrega por corredores, quem é ele? Vagamente lembro que na verdade é o príncipe dos corações que eu vejo como se fosse ele. Me leva para uma sala, já tem clérigas fazendo uma oração para Sehanine. Reconheço a oração. Uma senhora se aproxima. Faz um sinal negativo e diz de forma quase inaudível:

- Teremos que regenerar o pé dela.

Regenerar o meu pé? Mas o que houve, foi tão grave assim? Sinto uma dor lancinante no momento em que ouço o príncipe dos corações respondendo.

- Façam o que for neces...

Acordo.

Olho rapidamente para os meus dois pés, parecem normais, inclusive o esquerdo que aparentemente eu tinha perdido.

Por Sehanine. Ela me abençoou novamente! Faço uma oração, as mesmas palavras que aprendi com as clérigas.

Quando abro meus olhos novamente, vejo Arthanis, ela está animada e pergunta:

- Devido ao seu acidente decidimos treinar aqui em Faeria. Pelo que vejo você já está bem melhor. Levante, se não vai perder o lindo dia e também um dia de treinamento.

Olho em volta e vejo o maravilhoso quarto de princesa. É uma pena ter que deixar essa cama tão macia.

Meu equipamento e minha armadura estão ali, polidos, nunca estiveram tão brilhantes, Thorin ficará com inveja.

Hoje eu vou treinar, mas antes preciso dar um passeio. Pressinto que o encontrarei.

 

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- Majestade, é a princesa mais linda que já vi. Diz Fisto entusiasmado.

- Mas como a conheceu, Fisto, meu filho? - O rei pergunta com incredulidade.

De todas as princesas apresentadas a ele, ele não tinha se interessado por nenhuma e agora essa princesa de reino algum, afinal, ele conhecia todas as famílias com princesas de Faeria, havia simplesmente aparecido do nada.

- Nos meus sonhos! Eu a vi nos meus sonhos, a linda princesa. Não consigo tira-la do pensamento.

- Mas oras, estás louco? Como vai se casar com uma princesa imaginária? – Ri o pai com prazer e continua - Escolha a Alneth, ela é muito bonita e tenho uma boa relação diplomática com o pai dela e inclusive, eu já os convidei para a sua coroação.

- Não majestade, eu a vi, primeiro nos meus sonhos, inclusive não acreditava que uma princesa de tamanha beleza pudesse realmente existir. Meus pensamentos já estavam ficando em atonia, porque sabia que princesas de sonhos não existem de fato, mas, até que um dia eu a vi. Ela existe e preciso encontrá-la.

- Então, se é assim, encontre-a, mas não acredito que ela seja uma princesa. Mas se é assim que deseja, traga-a para que eu sua mãe a conheçamos

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- Uma camponesa, querida! Ele quer se casar com uma camponesa. Está em devaneio dizendo que a conheceu nos sonhos. Tolice! – Diz o rei com desanimo.

- Não, meu amor! Eu também a vi. É de fato uma princesa, uma princesa de outro mundo, do mundo material e inclusive receio que ela possua algo que nos pertença tanto quanto pertence a ela.

- O que quer dizer com isso? - Diz o rei, agora em polvorosa.

- Eu também não sei. Só sei que assim é. – Responde a Rainha pensativa.

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Caminho pensativa. Talvez tenha sido tolice pensar que simplesmente o encontraria. O mundo é grande demais.

Mas não há como negar que aqui tudo é muito lindo e brilhante. Se eu pudesse ficaria aqui. Vou andar mais um pouco e depois voltarei ao castelo, lá certamente encontrarei um livro que vai me ajudar.

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- Como assim não podemos partir, Alexsandre? Eu preciso. – Diz Fisto para o seu fiel escudeiro.

- Não se preocupe, Majestade, o Alexsandre está aqui para resolver os seus problemas! – Responde entusiasmado. – Sairemos até o final da tarde.

Se dependesse da ansiedade de Fisto, ele sairia nesse minuto, mas pelo jeito, chegará no reino do príncipe dos corações apenas no dia seguinte.

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No Castelo encontro um livro muito interessante, fala sobre os Altos Elfos. Eu costumava estudar sobre minha família e linhagem, mas esse livro fala sobre habilidades.

“Os Altos Elfos possuem uma habilidade natural para uma magia, quando o elfo completa 50 anos, a magia se manifesta. ”

É, comigo foi o raio de fogo que eu consigo conjurar sempre que quero, minha mãe fazia crescer flores, meu pai conseguia fazer luz. Mas além disso, há aqui algo que não havia nos livros do castelo, provavelmente habilidades que se perderam com o tempo.

“No combate, os altos elfos, por serem primos dos Eladrins conseguem caminhar momentaneamente pela Agréstia das Fadas para encurtar seu caminho de um lugar para outro. ”

E outras coisas interessantes como:

“Todos os altos elfos possuem ascendência feérica, por isso o Silvestre também é sua língua natal. ”

Aqui está dizendo que conseguimos nos teleportar de um espaço para outro e que nos tempos remotos, além do élfico nossa língua nata era o Silvestre assim como é para os Eladrins.

Interessante, por isso consigo compreender com facilidade, mesmo não prestando muita atenção nas aulas de Silvestre.

Mas como me teleportar? Parece tão complicado! Vou continuar lendo para ver se encontro algum tipo de manual.

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- Meu nome é Alexsandre!!!! Consegui! Estamos partindo, está contente majestade? – Diz o escudeiro ainda mais exultante que o comum.

- Meu coração pula de alegria Alexsandre. – Responde o príncipe.

- Sempre soube que o senhor tinha uma quedinha por mim, hehehe.

- Diga isso novamente e perderá a cabeça pelo insulto! – Ri, Fisto.

A alegria no navio é contagiante, o escudeiro está sempre de bom humor, mas Fisto que no geral é um Eladrin fechado e carrancudo, por causa das suas responsabilidades, agora está alegre e vibrante.

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Tento me concentrar, mas aqui o ambiente é atrativo demais para a concentração. Aquela borboleta, parece que está sorrindo para mim.

_Melinyes tenta caçar a borboleta. _

- Creio que a senhorita está perturbando a paz das borboletas, vossa alteza.

Melinyes sente seu rosto enrubescer, seu coração reconhece a voz, mesmo a tendo ouvido apenas nos seus sonhos.

- Quem está aí? Está enganado, não estava perturbando as borboletas, elas é quem estavam perturbando o meu treinamento. Mas é de bom tom se apresentar antes de fazer uma crítica, mesmo que infundada.

- Perdoe-me, não pude conter o comentário.  Sou o príncipe Fisto Elenlindäle. Elen síla lúmenn'omentielvo[1]! – Faz uma reverencia demorada.

- Alassëa omentielman nan[2]. Nai anar kaluva tielyanna[3]. Estava o aguardando, vossa majestade está um dia atrasado. Eu me chamo Melinyes Ilphelkiir. - Respondendo a reverencia.

- Sintie fain oltha[4], Melinyes. - Sintie fain oltha, Fisto. – Dizem os dois ao mesmo tempo.

Os dois se calam e ruborizam sem desviar os olhos um do outro.

Melinyes nunca sentiu algo semelhante. A respiração ofegante, o coração acelerado. O medo começa a tomar conta do seu ser. Ela se sente insegura e foge, deixando Fisto, com os mesmos sintomas desse sentimento estranho e incompreensível.

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No exato momento em que partiu, se arrependeu, sua vontade era ficar lá, apenas admirando aquele jovem príncipe. Mas o medo, e principalmente a incompreensão, não permitiram que ela permanecesse lá, com seu amado.

- Será isso o amor? Esse sentimento confuso e estranho? Preciso treinar.  

A paladina destemida, agora teme o mais puro dos sentimentos. Ela se isola e tenta desviar os seus pensamentos fazendo movimentos de treino com o escudo e a espada, ao mesmo tempo que tenta se teleportar a frente.

Ela sente e visualiza o lugar em que deseja estar. Falha. Ela não desiste e permanece treinando, ela precisa, sua mente não pode se desviar para pensar, no Fisto.

O príncipe a segue, ele não quer parecer um perseguidor, ou assusta-la novamente, então permanece camuflado entre as árvores.

Ele a admira de longe. Admira o seu esforço, ele sabe o que ela está tentando fazer, ele a vê começar a desaparecer e quase chegar no local desejado, mas sem sucesso.

No dia seguinte, pela manhã, quando ela chega para treinar ele está a sua espera.

- Por favor, não fuja! Perdão se ontem a assustei, não foi a minha intenção. Eu a conheci nos meus sonhos, não parei de pensar em você, até que a vi. Percebi que os sonhos não eram dignos da sua beleza, precisava encontrá-la novamente.

- Não assustou, só não entendo. Não entendo o que sinto. Não sei o que é que está acontecendo comigo, não soube administrar os meus sentimentos naquele momento, e confesso que ainda não sei. Mas não fugirei, porém peço que também me perdoe, mas não posso dar atenção a você, apesar dos meus sentimentos pedirem com intensidade que eu esqueça o treinamento e fique o admirando, meu senso de responsabilidade é maior.

Melinyes falou tudo isso como se tivesse ensaiado e de fato tinha, palavra por palavra repetida e treinada diversas vezes na noite anterior.

- Princesa, seu desejo é uma ordem, porém também não conseguirei me afastar, por favor, me permita ajudá-la.

Melinyes assente com a cabeça. Hoje é fácil permanecer ao lado de Fisto. Sua confiança voltou. Ainda não entende os sentimentos, mas ela os acolheu.

Fisto mostra como realizar o teleporte, para ele é natural, faz isso desde criança enquanto brincava.

Após treinarem durante toda a manhã, durante um intervalo de descanso, Fisto de repente diz:

- As arvores estão cochichando a nosso respeito. Venha, ouça.

Sob o toque suave das mãos de Fisto nas suas mãos, ela sente seu corpo arrepiar, mas presta atenção na direção do som estranhamente familiar.

Ela entende boa parte da conversa das arvores, mas não tem certeza do seu significado.

- Eu não as compreendo direito.

- Elas estão dizendo que você é a dziewczyna, perdão, a moça mais bonita que elas tiveram a oportunidade de admirar.

- Você pode me ensinar a entende-las e conversar com elas, as arvores?

- Com prazer, vossa majestade. – Fisto faz uma reverencia.

Melinyes cora novamente, fazia tempo que não era tratada frequentemente com a cordialidade que a convinha.

No dia seguinte, Melinyes e Fisto permanecem treinando. Ela consegue fazer o teleporte e consegue manter uma conversa inteira em silvestre com Fisto. Eles aproveitam o tempo livre para conversarem sobre si mesmos e suas famílias.

 Melinyes conta suas aventuras com a Companhia do Dragão, como conheceu cada um de seus amigos e também conta que já morreu e teve a oportunidade de ficar morando eternamente no seu castelo, mas o senso de responsabilidade não a permitiu que ficasse lá, descansando a eternidade.

Fisto ouve com atenção e também fala do seu senso de responsabilidade como príncipe, fala do seu amigo Alexsandre e da sua coroação que ocorrerá em poucos dias.

Ela também conta dos acontecimentos do continente no mundo material e a razão de terem vindo parar em Faeria.

- Vou te contar uma lenda da minha família, uma lenda que percebi ser uma verdade no momento em que cheguei aqui. Um antepassado meu era Eladrin. Ele deixou Agréstia das Fadas após seu irmão mais velho ter sido morto por um Fomorian e levou a pedra do Sol para lá, foi assim que minha família ficou responsável por ela.  

- Interessante a sua história, também temos uma semelhante na nossa família. Um príncipe fugiu para o mundo material depois do seu irmão também ter sido morto por um Fomorian levando consigo um item.

Os dois se olham percebendo que as duas histórias não eram apenas semelhantes, não era apenas uma coincidência, era a mesma história contada por visões diferentes.

- Sempre quis saber o que era esse item. Agora eu sei. É a pedra do Sol.

- E foi por causa dela que meu reino foi destruído, agora minha missão é protege-la, acima de qualquer outra missão.

Fisto reflete por um instante e fala:

- Melinyes, venha comigo! Vamos descobrir mais sobre essa história, a nossa história! Certamente no meu castelo há livros relatando sobre a vida desses irmãos. E, você também é uma princesa no meu reino. Venha, você não precisa mais ficar sem reino, sem lar. Terá tudo que merece aqui e aos poucos podemos ir trazendo do plano material seus súditos, dar abrigo e um novo reino para eles. Você poderá governar como sempre quis e ainda protegê-los desse demônio.

Melinyes se vê imaginando seu futuro ao lado de Fisto. Os Elfos do Sol que sobreviveram poderão viver aqui. Tudo o que sempre sonhou e merece se tornando realidade.

- Amado saído dos sonhos, sua proposta é tentadora, e é de fato tudo que o sempre desejei desde o momento que parti do meu reino.

- E a pedra do sol, voltará para a proteção dos Eladrins, não precisará mais carregar esse fardo, sua missão estaria cumprida!

- É, minha missão estaria cumprida. - Responde Melinyes pensativa. - Mas receio que acabei adquirindo ainda mais responsabilidades que apenas carregar o fardo da pedra do Sol. Prometi ao Príncipe dos Dragões que ajudaria a derrotar Nehkrul, mesmo não sabendo exatamente como faremos isso, só sei que precisamos encontrar outras dessas chaves que lhe falei e dessa forma encontrar a espada que poderá derrota-lo.

- Amada, dona do meu coração. Compreendo. – Fica em silêncio, o fulror se desvaindo. – Temo que não há meios de persuadi-la a ficar. Mas vamos aproveitar o dia de hoje, a noite terei que partir, gostaria de ficar mais aqui ao seu lado, mas a minha coroação será em 3 dias e já me ausentei em demasia.

Os dois continuam o treinamento. Ainda conversam entre si, mas a tristeza da separação iminente começa a tomar conta dos seus corações.

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Depois de uma alongada despedida, o navio de Fisto parte.

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- Era tão mais fácil com Fisto aqui!

Faz um teleporte.

- Hoje até as árvores estão silenciosas. Faeria não parece mais tão brilhante.

Melinyes continua treinando, mas aproveita o fim do dia para admirar o ultimo pôr do Sol antes de partir.

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O Rei vê ao longe o navio de Fisto se aproximando.

- Preparem-se, eles estão chegando, vamos conhecer essa princesa misteriosa!

O rei preparou um banquete, como pede a tradição, para receber a princesa do mundo material.

Fisto desembarca e questiona:

- O que é tudo isso?

- Um banquete para receber a princesa, estávamos ansiosos aguardando a sua chegada!

- Creio então, que se decepcionarão. Ela não veio.

- Mas isso é um ultraje! - Responde o rei enfurecido e saí se dirigindo aos seus aposentos.

- Não ligue para seu pai, Fisto. Eu o avisei que ela não viria, mas ele não me ouviu e pediu que organizassem o banquete assim mesmo. - Diz a rainha em tom maternal e abraça o filho. – É uma pena que ela decidiu partir, mas venha, tenho algo a lhe mostrar.

Os dois caminham em direção à biblioteca. Chegando lá, a rainha se dirige para uma parte antiga e pega um livro empoeirado. No seu interior um pedaço de papel muito antigo. Nesse papel, um bilhete, que certamente foi escrito às pressas, já que a caligrafia é em alguns lugares pouco legível.

Pai e Mãe!

Sinto a vida esvaindo do meu corpo. O tesouro do reino, a pedra do sol está no mundo material, com Gallindan. Me perdoem. Ele partiu com a minha benção. Precisei protege-la.

Ajudem Leena a cuidar do Celebiel e digam que eu os amo muito.

Immeral Elenlindäle

 

Fisto se espanta.

- Agora eu entendo. Reconheço. Apesar de incompleta a lenda da Melinyes estava correta. Gallindan não fugiu como eu havia aprendido.

- De fato não. Infelizmente o rei Finthalion e a rainha Victalyassa não chegaram a ler o conteúdo desse bilhete, já que ele foi encontrado muitos anos após nas vestes que Immeral usava naquele dia. Meu filho, a princesa Melinyes está e sempre esteve ligada ao seu destino, ao nosso destino. Não só através dos nossos antepassados comuns, mas através da pedra do sol.

- Eu não compreendo.

- Quando você sonhou com sua princesa, eu também sonhei e ela portava um item de uma magia muito peculiar, a pedra do sol. Desde então eu passo meus dias aqui na biblioteca para entender essa ligação. Foi assim que encontrei esse bilhete. Quando ela recebeu a missão de proteger a pedra do sol, seu destino se ligou ainda mais ao nosso. A pedra do Sol precisa retornar para Faeria para que o mundo volte a ter equilíbrio. Assim deve ser, a Pedra do Sol em Faeria e Pedra da Lua no Plano Material.

- Mãe, ela não ficará. Mesmo sem saber da sua história, eu sugeri a ela que sua missão estaria finda aqui. Ainda assim, ela recusou. Por ser uma paladina de Sehanine, certamente não quis desapontar a deusa e também é muito fiel aos seus amigos e a sua promessa de auxiliar a derrotar um Demônio que ameaça destruir o mundo material. Apesar do meu coração desejar muito que ela fique eu nada pude fazer para convence-la.

- Meu filho, o seu desejo não é exatamente que ela fique, o seu desejo é ficar perto dela. O amor é assim, querer estar perto da eleita pelo coração. Vá com ela, ajude-a a proteger a pedra do sol e traga as duas para cá em segurança. Divida esse fardo com ela e juntos poderão concluir a missão.

- Mas e as minhas responsabilidades no reino?

- Creio que seu pai não se importará de reinar por mais alguns anos. – A rainha responde dando uma piscadinha.

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- Alexsandre, prepare novamente o navio e rápido, precisamos partir novamente.

- Mas majestade, acabamos de chegar.

- E iremos partir de novo.

Fisto se despede da Rainha e do Rei. O Rei com ressalvas, mas confia e sempre confiou no julgamento da esposa.

- Obrigado, Mamãe. Adeus, papai. Até breve!

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Arthanis, Balasar, Thorin, Teron e Velimir estão prontos para partir. Balasar faz uma oração, mas é interrompido por Melinyes.

- Eu acho que eu não vou.

Todos se espantam.

- Não posso deixar Fisto aqui, me perdo...- É interrompida por Fisto.

- Melinyes! Esperem. Eu irei com vocês!

Melinyes sorri.

- Adeus Alexsandre. Até logo. – Diz Fisto se despedindo.

Fisto corre ao encontro de Melinyes e seus companheiros, deixando Alexsandre com lágrimas nos olhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] Uma estrela brilha na hora de nosso encontro.

[2] Eu estou feliz com nosso encontro.

[3] Que o sol brilhe sobre seu caminho.

[4] Sintie: tradução - Conheci. Fain: tradução - aparição nos sonhos. Oltha: tradução - sonho. Eu te conheci, vi você nos meus sonhos.

Fisto Elenlindäle



Fisto Elenlindäle

Raça: Eladrin

Classe: Lord

Pele Clara e Cabelo Dourado

Idade: 115 anos

Altura: 1,85

 

Finthalion Elenlindäle e sua esposa Victalyassa, eram o rei e rainha do reino das Planícies de Zurias.

Seu reinado englobava a floresta de Yitzalea, os lagos na região de Vialondhra, os mangues das Pymonias até o litoral Leste em Agréstia das Fadas.

Eles tinham dois filhos, o mais velho Immeral e o mais novo Gallindan. O príncipe mais velho era casado com Leena e tinham um filho recém-nascido, chamado Celebiel.

Immeral foi morto por um Fomorian e entregou a pedra do Sol recém recebida de seus pais a Gallindan, na tentativa de protege-la.

Finthalion quando soube da morte do filho chorou por 3 dias e 3 noites seguidas e o reino todo sentiu sua tristeza. No fim da terceira noite, o céu escureceu e todos contemplaram a escuridão em plena metade do dia.

Finthalion nunca perdoou Gallindan por ter fugido e levado consigo a pedra do Sol, mas também nunca mais o viu, já que pediu para os magos do reino fecharem a passagem para o mundo natural, banindo dessa forma seu filho mais novo naquele selvagem mundo. O rei nunca soube que Gallindan não havia fugido e nem roubado a pedra, mas sim levado consigo para protege-la.

Quando Finthalion morreu, Victalyassa nomeou seu neto Celebiel, Rei das Planícies de Zurias.

Sob o reinado de Celebiel o reino prosperou, pois ele era sábio e cauteloso. Ele foi o pentavô de Fisto, que agora aos 115 anos se prepara para receber, das mãos de seu pai, a coroa.

O rei confiou a Fisto a missão diplomática de convidar o Príncipe dos corações para a sua coroação, que se realizaria em uma semana.

Naquele dia, a ansiedade não o permitia descansar, na manhã seguinte navegaria para entregar o convite. Adormeceu muito exausto e teve um transe com muitos sonhos, em todos havia algo em comum, uma princesa. Uma princesa muito diferente de todas que já haviam sido apresentadas para ele. Tinha a pele muito clara, cabelos pretos e olhos escuros como a noite. Uma Elfa muito peculiar. Acordou e sentiu o coração acelerado, o que significavam esses sonhos?

Na reunião com o Príncipe, seus olhos a viam. Mas isso, só poderia ser um reflexo dos seus sonhos recentes, afinal, quem seria essa princesa?

Fisto já estava de partida do reino do Príncipe dos Corações, sua missão havia sido cumprida. Ele parte com sua comitiva de navio.

No navio, ao longe ele avista um barco. Há muitos barcos, mas algo o faz observar atentamente apenas este, ele a vê, a princesa, a princesa dos seus sonhos. Ele faz um aceno com a cabeça, mas o seu coração o mandava pular daquele navio, encontrar a princesa, conhece-la, a razão não permitiu, apenas observou o barco se distanciando vagarosamente, seu coração dilatado num misto de tristeza e alegria.