Anotações de Treinamento
Melinyes Ilphelkiir
Fisto Elenlindäle
Ele me carrega por corredores,
quem é ele? Vagamente lembro que na verdade é o príncipe dos corações que eu
vejo como se fosse ele. Me leva para uma sala, já tem clérigas fazendo uma
oração para Sehanine. Reconheço a oração. Uma senhora se aproxima. Faz um sinal
negativo e diz de forma quase inaudível:
- Teremos que regenerar o pé
dela.
Regenerar o meu pé? Mas o que
houve, foi tão grave assim? Sinto uma dor lancinante no momento em que ouço o
príncipe dos corações respondendo.
- Façam o que for neces...
Acordo.
Olho rapidamente para os meus
dois pés, parecem normais, inclusive o esquerdo que aparentemente eu tinha
perdido.
Por Sehanine. Ela me abençoou
novamente! Faço uma oração, as mesmas palavras que aprendi com as clérigas.
Quando abro meus olhos
novamente, vejo Arthanis, ela está animada e pergunta:
- Devido ao seu acidente
decidimos treinar aqui em Faeria. Pelo que vejo você já está bem melhor.
Levante, se não vai perder o lindo dia e também um dia de treinamento.
Olho em volta e vejo o
maravilhoso quarto de princesa. É uma pena ter que deixar essa cama tão macia.
Meu equipamento e minha
armadura estão ali, polidos, nunca estiveram tão brilhantes, Thorin ficará com
inveja.
Hoje eu vou treinar, mas antes
preciso dar um passeio. Pressinto que o encontrarei.
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- Majestade, é a princesa mais
linda que já vi. Diz Fisto entusiasmado.
- Mas como a conheceu, Fisto,
meu filho? - O rei pergunta com incredulidade.
De todas as princesas
apresentadas a ele, ele não tinha se interessado por nenhuma e agora essa
princesa de reino algum, afinal, ele conhecia todas as famílias com princesas
de Faeria, havia simplesmente aparecido do nada.
- Nos meus sonhos! Eu a vi nos
meus sonhos, a linda princesa. Não consigo tira-la do pensamento.
- Mas oras, estás louco? Como
vai se casar com uma princesa imaginária? – Ri o pai com prazer e continua -
Escolha a Alneth, ela é muito bonita e tenho uma boa relação diplomática com o
pai dela e inclusive, eu já os convidei para a sua coroação.
- Não majestade, eu a vi,
primeiro nos meus sonhos, inclusive não acreditava que uma princesa de tamanha
beleza pudesse realmente existir. Meus pensamentos já estavam ficando em
atonia, porque sabia que princesas de sonhos não existem de fato, mas, até que
um dia eu a vi. Ela existe e preciso encontrá-la.
- Então, se é assim,
encontre-a, mas não acredito que ela seja uma princesa. Mas se é assim que
deseja, traga-a para que eu sua mãe a conheçamos
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- Uma camponesa, querida! Ele
quer se casar com uma camponesa. Está em devaneio dizendo que a conheceu nos
sonhos. Tolice! – Diz o rei com desanimo.
- Não, meu amor! Eu também a
vi. É de fato uma princesa, uma princesa de outro mundo, do mundo material e
inclusive receio que ela possua algo que nos pertença tanto quanto pertence a
ela.
- O que quer dizer com isso? -
Diz o rei, agora em polvorosa.
- Eu também não sei. Só sei
que assim é. – Responde a Rainha pensativa.
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Caminho pensativa. Talvez
tenha sido tolice pensar que simplesmente o encontraria. O mundo é grande
demais.
Mas não há como negar que aqui
tudo é muito lindo e brilhante. Se eu pudesse ficaria aqui. Vou andar mais um
pouco e depois voltarei ao castelo, lá certamente encontrarei um livro que vai
me ajudar.
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- Como assim não podemos partir, Alexsandre? Eu preciso. – Diz Fisto para o seu
fiel escudeiro.
- Não se preocupe, Majestade,
o Alexsandre está aqui para resolver os seus problemas! – Responde
entusiasmado. – Sairemos até o final da tarde.
Se dependesse da ansiedade de
Fisto, ele sairia nesse minuto, mas pelo jeito, chegará no reino do príncipe
dos corações apenas no dia seguinte.
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No Castelo encontro um livro
muito interessante, fala sobre os Altos Elfos. Eu costumava estudar sobre minha
família e linhagem, mas esse livro fala sobre habilidades.
“Os Altos Elfos possuem uma habilidade
natural para uma magia, quando o elfo completa 50 anos, a magia se manifesta. ”
É, comigo foi o raio de fogo
que eu consigo conjurar sempre que quero, minha mãe fazia crescer flores, meu
pai conseguia fazer luz. Mas além disso, há aqui algo que não havia nos livros
do castelo, provavelmente habilidades que se perderam com o tempo.
“No combate, os altos elfos,
por serem primos dos Eladrins conseguem caminhar momentaneamente pela Agréstia
das Fadas para encurtar seu caminho de um lugar para outro. ”
E outras coisas interessantes
como:
“Todos os altos elfos possuem
ascendência feérica, por isso o Silvestre também é sua língua natal. ”
Aqui está dizendo que
conseguimos nos teleportar de um espaço para outro e que nos tempos remotos,
além do élfico nossa língua nata era o Silvestre assim como é para os Eladrins.
Interessante, por isso consigo
compreender com facilidade, mesmo não prestando muita atenção nas aulas de
Silvestre.
Mas como me teleportar? Parece
tão complicado! Vou continuar lendo para ver se encontro algum tipo de manual.
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- Meu nome é Alexsandre!!!!
Consegui! Estamos partindo, está contente majestade? – Diz o escudeiro ainda
mais exultante que o comum.
- Meu coração pula de alegria
Alexsandre. – Responde o príncipe.
- Sempre soube que o senhor
tinha uma quedinha por mim, hehehe.
- Diga isso novamente e
perderá a cabeça pelo insulto! – Ri, Fisto.
A alegria no navio é
contagiante, o escudeiro está sempre de bom humor, mas Fisto que no geral é um
Eladrin fechado e carrancudo, por causa das suas responsabilidades, agora está
alegre e vibrante.
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Tento me concentrar, mas aqui
o ambiente é atrativo demais para a concentração. Aquela borboleta, parece que
está sorrindo para mim.
_Melinyes tenta caçar a borboleta.
_
- Creio que a senhorita está
perturbando a paz das borboletas, vossa alteza.
Melinyes sente seu rosto
enrubescer, seu coração reconhece a voz, mesmo a tendo ouvido apenas nos seus
sonhos.
- Quem está aí? Está enganado,
não estava perturbando as borboletas, elas é quem estavam perturbando o meu
treinamento. Mas é de bom tom se apresentar antes de fazer uma crítica, mesmo
que infundada.
- Perdoe-me, não pude conter o
comentário. Sou o príncipe Fisto Elenlindäle.
Elen síla lúmenn'omentielvo! – Faz uma reverencia
demorada.
- Alassëa omentielman nan. Nai anar kaluva tielyanna. Estava o aguardando,
vossa majestade está um dia atrasado. Eu me chamo Melinyes Ilphelkiir. -
Respondendo a reverencia.
- Sintie fain oltha, Melinyes. - Sintie fain
oltha, Fisto. – Dizem os dois ao mesmo tempo.
Os dois se calam e ruborizam
sem desviar os olhos um do outro.
Melinyes nunca sentiu algo
semelhante. A respiração ofegante, o coração acelerado. O medo começa a tomar
conta do seu ser. Ela se sente insegura e foge, deixando Fisto, com os mesmos
sintomas desse sentimento estranho e incompreensível.
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No exato momento em que
partiu, se arrependeu, sua vontade era ficar lá, apenas admirando aquele jovem
príncipe. Mas o medo, e principalmente a incompreensão, não permitiram que ela
permanecesse lá, com seu amado.
- Será isso o amor? Esse
sentimento confuso e estranho? Preciso treinar.
A paladina destemida, agora
teme o mais puro dos sentimentos. Ela se isola e tenta desviar os seus
pensamentos fazendo movimentos de treino com o escudo e a espada, ao mesmo
tempo que tenta se teleportar a frente.
Ela sente e visualiza o lugar
em que deseja estar. Falha. Ela não desiste e permanece treinando, ela precisa,
sua mente não pode se desviar para pensar, no Fisto.
O príncipe a segue, ele não
quer parecer um perseguidor, ou assusta-la novamente, então permanece camuflado
entre as árvores.
Ele a admira de longe. Admira
o seu esforço, ele sabe o que ela está tentando fazer, ele a vê começar a
desaparecer e quase chegar no local desejado, mas sem sucesso.
No dia seguinte, pela manhã,
quando ela chega para treinar ele está a sua espera.
- Por favor, não fuja! Perdão
se ontem a assustei, não foi a minha intenção. Eu a conheci nos meus sonhos,
não parei de pensar em você, até que a vi. Percebi que os sonhos não eram
dignos da sua beleza, precisava encontrá-la novamente.
- Não assustou, só não
entendo. Não entendo o que sinto. Não sei o que é que está acontecendo comigo,
não soube administrar os meus sentimentos naquele momento, e confesso que ainda
não sei. Mas não fugirei, porém peço que também me perdoe, mas não posso dar
atenção a você, apesar dos meus sentimentos pedirem com intensidade que eu
esqueça o treinamento e fique o admirando, meu senso de responsabilidade é
maior.
Melinyes falou tudo isso como
se tivesse ensaiado e de fato tinha, palavra por palavra repetida e treinada
diversas vezes na noite anterior.
- Princesa, seu desejo é uma
ordem, porém também não conseguirei me afastar, por favor, me permita ajudá-la.
Melinyes assente com a cabeça.
Hoje é fácil permanecer ao lado de Fisto. Sua confiança voltou. Ainda não
entende os sentimentos, mas ela os acolheu.
Fisto mostra como realizar o
teleporte, para ele é natural, faz isso desde criança enquanto brincava.
Após treinarem durante toda a
manhã, durante um intervalo de descanso, Fisto de repente diz:
- As arvores estão cochichando
a nosso respeito. Venha, ouça.
Sob o toque suave das mãos de
Fisto nas suas mãos, ela sente seu corpo arrepiar, mas presta atenção na
direção do som estranhamente familiar.
Ela entende boa parte da
conversa das arvores, mas não tem certeza do seu significado.
- Eu não as compreendo
direito.
- Elas estão dizendo que você
é a dziewczyna, perdão, a moça mais bonita que elas tiveram a oportunidade de
admirar.
- Você pode me ensinar a
entende-las e conversar com elas, as arvores?
- Com prazer, vossa majestade.
– Fisto faz uma reverencia.
Melinyes cora novamente, fazia
tempo que não era tratada frequentemente com a cordialidade que a convinha.
No dia seguinte, Melinyes e
Fisto permanecem treinando. Ela consegue fazer o teleporte e consegue manter
uma conversa inteira em silvestre com Fisto. Eles aproveitam o tempo livre para
conversarem sobre si mesmos e suas famílias.
Melinyes conta suas aventuras com a Companhia
do Dragão, como conheceu cada um de seus amigos e também conta que já morreu e
teve a oportunidade de ficar morando eternamente no seu castelo, mas o senso de
responsabilidade não a permitiu que ficasse lá, descansando a eternidade.
Fisto ouve com atenção e também
fala do seu senso de responsabilidade como príncipe, fala do seu amigo
Alexsandre e da sua coroação que ocorrerá em poucos dias.
Ela também conta dos
acontecimentos do continente no mundo material e a razão de terem vindo parar
em Faeria.
- Vou te contar uma lenda da
minha família, uma lenda que percebi ser uma verdade no momento em que cheguei
aqui. Um antepassado meu era Eladrin. Ele deixou Agréstia das Fadas após seu
irmão mais velho ter sido morto por um Fomorian e levou a pedra do Sol para lá,
foi assim que minha família ficou responsável por ela.
- Interessante a sua história,
também temos uma semelhante na nossa família. Um príncipe fugiu para o mundo
material depois do seu irmão também ter sido morto por um Fomorian levando
consigo um item.
Os dois se olham percebendo
que as duas histórias não eram apenas semelhantes, não era apenas uma
coincidência, era a mesma história contada por visões diferentes.
- Sempre quis saber o que era
esse item. Agora eu sei. É a pedra do Sol.
- E foi por causa dela que meu
reino foi destruído, agora minha missão é protege-la, acima de qualquer outra
missão.
Fisto reflete por um instante
e fala:
- Melinyes, venha comigo!
Vamos descobrir mais sobre essa história, a nossa história! Certamente no meu
castelo há livros relatando sobre a vida desses irmãos. E, você também é uma
princesa no meu reino. Venha, você não precisa mais ficar sem reino, sem lar.
Terá tudo que merece aqui e aos poucos podemos ir trazendo do plano material
seus súditos, dar abrigo e um novo reino para eles. Você poderá governar como
sempre quis e ainda protegê-los desse demônio.
Melinyes se vê imaginando seu
futuro ao lado de Fisto. Os Elfos do Sol que sobreviveram poderão viver aqui.
Tudo o que sempre sonhou e merece se tornando realidade.
- Amado saído dos sonhos, sua
proposta é tentadora, e é de fato tudo que o sempre desejei desde o momento que
parti do meu reino.
- E a pedra do sol, voltará
para a proteção dos Eladrins, não precisará mais carregar esse fardo, sua
missão estaria cumprida!
- É, minha missão estaria
cumprida. - Responde Melinyes pensativa. - Mas receio que acabei adquirindo
ainda mais responsabilidades que apenas carregar o fardo da pedra do Sol.
Prometi ao Príncipe dos Dragões que ajudaria a derrotar Nehkrul, mesmo não
sabendo exatamente como faremos isso, só sei que precisamos encontrar outras
dessas chaves que lhe falei e dessa forma encontrar a espada que poderá
derrota-lo.
- Amada, dona do meu coração.
Compreendo. – Fica em silêncio, o fulror se desvaindo. – Temo que não há meios
de persuadi-la a ficar. Mas vamos aproveitar o dia de hoje, a noite terei que
partir, gostaria de ficar mais aqui ao seu lado, mas a minha coroação será em 3
dias e já me ausentei em demasia.
Os dois continuam o
treinamento. Ainda conversam entre si, mas a tristeza da separação iminente
começa a tomar conta dos seus corações.
***************
Depois de uma alongada
despedida, o navio de Fisto parte.
***************
- Era tão mais fácil com Fisto
aqui!
Faz um teleporte.
- Hoje até as árvores estão
silenciosas. Faeria não parece mais tão brilhante.
Melinyes continua treinando,
mas aproveita o fim do dia para admirar o ultimo pôr do Sol antes de partir.
***************
O Rei vê ao longe o navio de
Fisto se aproximando.
- Preparem-se, eles estão
chegando, vamos conhecer essa princesa misteriosa!
O rei preparou um banquete,
como pede a tradição, para receber a princesa do mundo material.
Fisto desembarca e questiona:
- O que é tudo isso?
- Um banquete para receber a
princesa, estávamos ansiosos aguardando a sua chegada!
- Creio então, que se
decepcionarão. Ela não veio.
- Mas isso é um ultraje! -
Responde o rei enfurecido e saí se dirigindo aos seus aposentos.
- Não ligue para seu pai,
Fisto. Eu o avisei que ela não viria, mas ele não me ouviu e pediu que
organizassem o banquete assim mesmo. - Diz a rainha em tom maternal e abraça o
filho. – É uma pena que ela decidiu partir, mas venha, tenho algo a lhe
mostrar.
Os dois caminham em direção à
biblioteca. Chegando lá, a rainha se dirige para uma parte antiga e pega um
livro empoeirado. No seu interior um pedaço de papel muito antigo. Nesse papel,
um bilhete, que certamente foi escrito às pressas, já que a caligrafia é em
alguns lugares pouco legível.
Pai e Mãe!
Sinto a vida esvaindo
do meu corpo. O tesouro do reino, a pedra do sol está no mundo material, com Gallindan.
Me perdoem. Ele partiu com a minha benção. Precisei protege-la.
Ajudem Leena a cuidar
do Celebiel e digam que eu os amo muito.
Immeral Elenlindäle
Fisto se espanta.
- Agora eu entendo. Reconheço.
Apesar de incompleta a lenda da Melinyes estava correta. Gallindan não fugiu
como eu havia aprendido.
- De fato não. Infelizmente o
rei Finthalion e a rainha Victalyassa não chegaram a ler o conteúdo desse
bilhete, já que ele foi encontrado muitos anos após nas vestes que Immeral
usava naquele dia. Meu filho, a princesa Melinyes está e sempre esteve ligada
ao seu destino, ao nosso destino. Não só através dos nossos antepassados
comuns, mas através da pedra do sol.
- Eu não compreendo.
- Quando você sonhou com sua
princesa, eu também sonhei e ela portava um item de uma magia muito peculiar, a
pedra do sol. Desde então eu passo meus dias aqui na biblioteca para entender
essa ligação. Foi assim que encontrei esse bilhete. Quando ela recebeu a missão
de proteger a pedra do sol, seu destino se ligou ainda mais ao nosso. A pedra
do Sol precisa retornar para Faeria para que o mundo volte a ter equilíbrio.
Assim deve ser, a Pedra do Sol em Faeria e Pedra da Lua no Plano Material.
- Mãe, ela não ficará. Mesmo
sem saber da sua história, eu sugeri a ela que sua missão estaria finda aqui.
Ainda assim, ela recusou. Por ser uma paladina de Sehanine, certamente não quis
desapontar a deusa e também é muito fiel aos seus amigos e a sua promessa de
auxiliar a derrotar um Demônio que ameaça destruir o mundo material. Apesar do meu
coração desejar muito que ela fique eu nada pude fazer para convence-la.
- Meu filho, o seu desejo não
é exatamente que ela fique, o seu desejo é ficar perto dela. O amor é assim,
querer estar perto da eleita pelo coração. Vá com ela, ajude-a a proteger a
pedra do sol e traga as duas para cá em segurança. Divida esse fardo com ela e
juntos poderão concluir a missão.
- Mas e as minhas
responsabilidades no reino?
- Creio que seu pai não se
importará de reinar por mais alguns anos. – A rainha responde dando uma
piscadinha.
***************
- Alexsandre, prepare
novamente o navio e rápido, precisamos partir novamente.
- Mas majestade, acabamos de
chegar.
- E iremos partir de novo.
Fisto se despede da Rainha e
do Rei. O Rei com ressalvas, mas confia e sempre confiou no julgamento da
esposa.
- Obrigado, Mamãe. Adeus,
papai. Até breve!
*************
Arthanis, Balasar, Thorin,
Teron e Velimir estão prontos para partir. Balasar faz uma oração, mas é
interrompido por Melinyes.
- Eu acho que eu não vou.
Todos se espantam.
- Não posso deixar Fisto aqui,
me perdo...- É interrompida por Fisto.
- Melinyes! Esperem. Eu irei
com vocês!
Melinyes sorri.
- Adeus Alexsandre. Até logo.
– Diz Fisto se despedindo.
Fisto corre ao encontro de
Melinyes e seus companheiros, deixando Alexsandre com lágrimas nos olhos.